domingo, 13 de março de 2011

lembras-te, carlos, quando, ao fim do dia,
felizes, ambos, íamos nadar
e em nossa boca a espuma persistia
em dar ao sol o nome do luar?

tudo era fácil, melodioso e longo.
aqui e além, um súbito ditongo
ecoava em nós certa canção pagã.

contudo o azul do mar não tinha fundo
e o mundo continuava a ser o mundo
banhado pela aragem da manhã...

pedro homem de mello

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