sábado, 8 de maio de 2010
saí de mafra ao final da tarde e fiz-me à estrada. destino: barreiro. missão: assitir ao concerto d’a naifa. cheguei por volta das oito ao auditório augusto cabrita, lugar onde estive no dia 23 de abril para comprar o bilhete para esta tão desejada noite. a primeira coisa que fiz foi procurar o wc… segunda coisa, comer o meu pãozinho com queijo e beber o meu suminho. terceira coisa, ligar o mp3, abrir o livro do chico buarque e esperar que o tempo passasse. enquanto saltitava músicas de elva snow para annie lennox e avançava no estorvo do chico, aproveitava para observar as pessoas que iam chegando. passaram-se os minutos. por volta das nove e meia, foi posto à venda o dvd, que comprei imediatamente. pouco depois entrava para a sala de espectáculos com a mochila às costas e de livro e dvd debaixo do braço. feliz e ansioso. muito ansioso. foram anos de espera. desesperei por este momento. assistir a um concerto d’a naifa… quem me conhece percebe o porquê. procurei o meu lugarzinho no centro da segunda fila. sentei-me. livro e dvd em cima das perninhas. mochila debaixo do banco (tal como tinha feito há cerca de dois anos atrás, na casa da música por ocasião da diamanda…). a sala foi-se compondo. dez da noite. a naifa começa a rasgar. meteorológica marca o início da cerimónia. hora e meia de devoção e surpresas. as canções sabidas na ponta da língua, como orações. por vezes o lábio que tremia de emoção. a lágrima que quase não consegui conter (n’o ar cansado dos meus vestidos). a saudade. o passado e o futuro. o joão sempre presente. terminado o concerto. a viagem até ao alentejo. até casa. a sorrir. a recordar cada momento do concerto. a tentar não esquecer a canção do esqueleto e a da praia. a sentir uma saudade imensa. um prazer tremendamente incabível nas palavras e que só o corte d’a naifa pode originar.
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